quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Atividade 1: Relato de Visitação ao Arquivo Central da Universidade de Brasília

Olá pessoal,

sexta feira passada (25/08/2017), nossa aula de DTD foi no auditório do Arquivo Central da Universidade de Brasília - ACE. Lá tivemos que desenvolver uma atividade de investigação proposta pelo professor André, que consistia em responder algumas questões através do levantamento de informações e a cada membro do grupo foi atribuída uma responsabilidade/função, que seguem:

  • observador - eram dois observadores, um entrou no acervo permanente e outro no intermediário, tiveram que observar e coletar o maior número de informações, sem tocar, anotar e sem se comunicarem; 
  • jornalista - foi aquele que poderia entrevistar qualquer pessoa que estivesse por perto do arquivo, mas que não possuísse qualquer vínculo com o mesmo;
  • investigador - aquele que questionou os arquivistas do ACE;
  • analista tecnológico - aquele que usou de ferramentas para pesquisar e coletar informações sobre o ACE;
  • relator - o que agrupou as informações e ficou responsável em responder os questionamentos propostos.

 As questões foram definidas pelo professor e seguem abaixo:

  1. Quais as espécies documentais existentes no ACE?
  2. Quais as correspondentes funções de tais espécies?
  3. Quais os tipos documentais  existentes nos ACE?
  4. Relacione as séries documentais do arquivo do ACE com as respectivas fases do ciclo de vida, de acordo com a teoria das 3 idades.
  5. Sugira um plano de classificação para os documentos do ACE.
  6. Que ações arquivísticas  poderiam ser implantadas no ACE?

No desenvolvimento de nosso trabalho e respondendo as questões propostas, descobrimos que o ACE é composto por um fundo (UnB) e mais ou menos 150 subfundos, além de coleções diversas. Os documentos que compõe seu acervo são diversos em caráter tipológico, porém registramos algumas espécies em suporte de papel para responder a primeira questão da atividade, e são elas:  registro de diplomas, atas de reunião, resoluções de conselhos, propostas pedagógicas, processos administrativos, extratos e conciliações bancárias, entre outras.

Segundo orientação do professor para tornar o exercício executável, selecionamos três espécies documentais que são: atas de reuniões, registro de diploma e propostas pedagógicas. E portanto,
respondendo a segunda questão, entendemos que as atas de reunião tem por função o registro e comprovação de decisões tomadas por aqueles que fizeram parte dela; os registros de diplomas comprovam a entrega dos dos diplomas aos respectivos alunos graduados e as propostas pedagógicas comprovam quais diretrizes foram estabelecidas para a abertura dos cursos existentes na universidade.

Sendo assim, os tipos documentais de nossa amostra são:

  • Atas de reunião para registro e comprovação decisões tomadas;
  • Registros de diploma para comprovar  que a entrega ao seu titular foi realizada;
  • Propostas pedagógicas para comprovar as diretrizes constituídas para a abertura de cursos da universidade.


Relacionamos a teoria das 3 idades aos nossos tipos documentais descritos acima, que também entendemos como séries, então para os registros de diploma e propostas pedagógicas consultamos o plano de classificação utilizado e desenvolvido pelo ACE para classificação de seus documentos da área-fim e nele é descrito e definido que a destinação final desses tipos devem ser de guarda permanente. E as tais atas de reunião, vão pra onde? Pois bem, elas são produzidas por diversos setores dentro da instituição e por consequência versam sobre assuntos distintos entre si e para entendermos sua temporalidade, analisamos o plano de classificação para documentos da área-meio e também da área-fim e percebemos que em grande maioria tendem a ser guardadas permanente, e isso se dá por conta de sua função de registo das decisões tomadas, seja(m) ela(s) em qual(is) assunto(s) for(em). Para quem quiser entender melhor, o Manual de Gestão Documentos do ACE está disponível AQUI, junto com o plano de classificação da atividade meio, Resolução nº 14 do Conarq e o plano de classificação da atividade fim aprovado pelo Arquivo Nacional/Ministério da Justiça  através da Portaria nº 92 no ano de 2011.

Nossa sugestão de plano de classificação para as três espécies e suas respectivas funções segue no quadro abaixo:

GRUPO
Decanato de Ensino de Graduação
SUBGRUPO
Diretoria Técnica de Graduação
Secretaria Administrativa
FUNÇÃO
Registrar decisões
Estabelecer diretrizes constituintes
Comprovar recibo
ESPÉCIE
Atas de Reunião
Propostas Pedagógicas
Registros de Diploma


Para finalizar nosso relato, analisamos não somente pela dinâmica realizada em sala, mas como também pelas ferramentas online disponíveis ao público, e percebemos que há uma grande quantidade de ações que já são realizadas pelo ACE, como por exemplo: consultoria arquivística, difusão do acervo, além de disponibilizar instrumentos de pesquisa online, endereços eletrônicos para consulta ao acervo e promoverem ações de apoio ao ensino.  No entanto, como alunos de arquivologia, onde teoricamente devêssemos estar cientes da existência e do desenvolvimento das atividades do ACE, nada percebemos. Propomos que haja maior divulgação no sentido de difundir o acervo com exposições, palestras, oficinas, tudo isso em ambiente onde haja movimento massivo de pessoas dentro da própria universidade que possam se interessar pelo assunto, já que a localização atual do ACE é um pouco desfavorável nesse sentido, mas também no quesito de sua área útil. E também fazendo convite ativo aos alunos de arquivologia para que possam se engajarem e até talvez desenvolverem projetos com objetivo de complementar a formação acadêmica.

Até a próxima postagem!

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Extra: Sobre a chegada de Clarice Lispector ao Brasil




Você sabia que a Clarice Lispector (1920-1977) nasceu na Ucrânia? Pois é, a autora é natural de Tchechelnik e nasceu enquanto sua família judia se preparava para exilar-se do país em decorrência da Guerra Civil Russa (1918-1921) e do antissemitismo que ocorria na Europa.

E embora Clarice tenha alegado diversas vezes que chegou ao país com poucos meses de idade, o passaporte que a família Lispector obteu para imigrar para o Brasil mostra que o documento foi emitido entre janeiro e fevereiro de 1922, quando ela tinha pouco mais de um ano de idade.







Especula-se que Clarice não gostava de ser questionada quanto à sua nacionalidade, pois dizia que sempre foi brasileira, ainda que naturalizada, e que seu "sotaque" era, na verdade, sigmatismo, como é possível observar em uma de suas crônicas disponíveis em sua obra, A descoberta do mundo:

"Recebo de vez em quando carta perguntando-me se sou russa ou brasileira, e me rodeiam de
mitos. Vou esclarecer de uma vez por todas: não há simplesmente mistério que justifique mitos,
lamento muito. E a história é a seguinte: nasci na Ucrânia, terra de meus pais. Nasci numa
pequena aldeia chamada Tchechelnik, que não figura no mapa de tão pequena e insignificante.
Quando minha mãe estava grávida de mim, meus já estavam se encaminhando para os Estados
Unidos ou Brasil, ainda não haviam decidido: pararam em Tchechelnik para eu nascer, e
prosseguiram viagem. Cheguei ao Brasil com apenas dois meses de idade. Sou brasileira naturalizada, quando, por uma questão de meses, poderia ser brasileira nata."

Mas nem sempre os documentos estão certos. Outra curiosidade em relação aos documentos da autora é que em sua certidão de nascimento traduzida para o português consta que a data de expedição da certidão original, em ucraniano, é de 14 de novembro de 1920 e não de 1921, tendo em vista que Clarice nasceu no dia 10 de dezembro de 1920.


Estes tipos de erros de transcrição e de tradução são muito observados em documentos de imigrantes do século XX, o que dificulta o trabalho de historiadores, pesquisadores e das famílias destes imigrantes que buscam conhecer a história de seus antepassados.

Fontes: GOTLIB, Nádia Battella. Clarice Fotobiografia; LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Extra: Revista Acervo

A revista Acervo tem uma edição sobre imigração!
A Acervo é publicada pelo Arquivo Nacional, semestralmente, desde 1986. E tem por objetivo divulgar trabalhos em forma de artigos e resenhas, especialmente sobre a área arquivística.
Falaremos hoje sobre a edição publicada no segundo semestre de 1997, que trata sobre imigração!
A edição contém vários artigos livres sobre o assunto e vale a pena conferir!
Segue o link: Revista Acervo- Imigração





Fundo MCEbyte

Olá leitores!

No dia 18 de agosto de 2017 na aula de Diplomática e Tipologia Documental os ARQ IMIGRANTES analisaram o fundo MCEbyte, uma empresa de viagem virtual, e à partir da contextualização feita em sala de aula nós elaboramos dois esquemas de classificação distintos e a definição mínima de cada tipo documental gerado.

Plano de Classificação 1- Estrutural
                 





Plano de Classificação 2 - Funcional





Definição Mínima do Tipo Documental








Fiquem Ligados Imigrantes para mais postagens!

Acervo digital sobre imigração libanesa na América Latina

Em 2015 a Universidade Saint-Esprit de Kaslik (Usek), de Jounieh, no Líbano, começou a preparação para a coleta de documentos e registros sobre a chegada dos libaneses na América Latina. O objetivo do projeto é criar um arquivo digital que fará parte da Biblioteca Central da Usek, e ficará disponível ao público para acesso gratuito e online.

A universidade pretende trabalhar com parcerias em cada país. A Argentina será o primeiro país da pesquisa e Brasil, o segundo. A meta é digitalizar documentos, registros e fotos sobre a imigração, de publicações de clubes da colônia sírio-libanesa ou de acervos particulares.

A ideia do projeto foi de Roberto Khatlab, diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina da Usek e teve apoio do reitor da Usek, Hady Mahfouz, e do diretor da Biblioteca Central, Joseph Mokarzel. A biblioteca à qual o Projeto de Digitalização do Patrimônio Histórico-Cultural Libanês está vinculado já tem um espaço com publicações sobre América Latina.

O plano todo deve levar de cinco a seis anos para ser concluído, segundo o diretor Khatlab. Esse trabalho deve resgatar tanto dados sobre a história libanesa como dos países para os quais os imigrantes se dirigiram.

Mais Informações podem ser encontradas na página do Centro de Estudos e Culturas da América Latina da Usek.

Processo de Naturalização



Olá Forasteiros!


vocês sabiam que existe a possibilidade de um estrangeiro requerer nacionalidade em um outro país que não seja o seu de origem? Pois então, é perfeitamente possível. Claro que não é tão simples como possa parecer, e não basta apenas querer. É necessário preencher uma série de requisitos legais que podem variar de país a país. No Brasil, todo este processo de naturalização demanda que o solicitante instrua-se amplamente sobre o tema para que possa identificar em qual modalidade de naturalização, direitos e deveres estará "adquirindo" caso o processo venha a ser deferido. Além disso, existem uma gama de tipos documentais que devem ser agrupados para dar entrada ao processo de naturalização, aqui vai um exemplo:


Modalidade: Naturalização Ordinária        


Tipos documentais:
  • Requerimento devidamente assinado pelo naturalizando; 
  • Declaração de interesse em traduzir ou adaptar o nome à língua portuguesa; 
  • Certidão ou inscrição consular, emitida pela Embaixada ou Consulado no Brasil, comprovando a correta grafia do nome do interessado e de seus genitores; 
  • Cópia da cédula de identidade para estrangeiro permanente atualizada; 
  • Cópia do CPF ou cópia do recibo de entrega da última declaração de imposto de renda (pessoa física); 
  • Comprovante de recolhimento da taxa (guia GRU) referente ao pedido de naturalização; 
  • Atestado de antecedentes criminais expedido pela Polícia Civil dos Estados onde residiu nos últimos cinco anos; 
  • Certidão negativa de ações criminais da Justiça Federal dos Estados onde residiu nos últimos cinco anos; 
  • Certidão dos cartórios de distribuição de ações criminais das comarcas onde residiu nos últimos cinco anos; 
  • Atestado de antecedentes criminais expedido pelo país de origem, legalizado junto à repartição consular brasileira e traduzido, no Brasil, por tradutor público Juramentado ou devidamente inscrito na Junta Comercial; 
  • Comprovante de residência, tais como: contas de água ou energia ou telefone, bem como através de cópia de contrato de locação ou escritura de compra e venda de imóvel onde reside ou residiu no período imediatamente anterior ao pedido de naturalização, ou de genitor ou cônjuge ou companheiro, acompanhado respectivamente da certidão de nascimento, ou casamento, ou comprovação de união estável; 
  • Cópia na íntegra do passaporte, observando as normas que regem o Mercosul; 
  • Cópia da certidão de casamento; 
  • Cópia da certidão de nascimento do filho brasileiro; 
  • Documento comprobatório de renda, tais como: cópia autenticada da íntegra da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, cópia autenticada do contrato de trabalho; cópia autenticada dos últimos três contracheques; cópia autenticada do Contrato Social consolidado da empresa da qual é sócio ou cotista; escritura pública declaratória de renda lavrada nos tabelionatos de notas; cópia autenticada do cartão do Imposto Sobre Serviços - ISS; comprovante de seu recolhimento ou RPA (Recibo de pagamento a autônomo). 





Pois então, confira essa e outras informações no SITE do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e fique atento a nossas postagens!




Os Acervos Digitais do Arquivo Público do Estado de São Paulo e do Museu da Imigração

O Arquivo Público do Estado de São Paulo possui um vasto conjunto documental sobre imigrantes que desembarcaram no Porto de Santos, tendo também os que deram entrada na Hospedaria de Imigrantes entre 1887 e 1978, ou aqueles que foram registrados nos órgãos de fiscalização de estrangeiros em São Paulo entre os anos de 1939 e 1984. Toda esse acervo também pode ser encontrado no Museu da Imigração do Estado de São Paulo que herdou os documentos físicos do memorial do imigrante. 

No acervo digital do Arquivo Público do Estado de São Paulo pode ser encontrado a lista de bordo de passageiros, jornais ou também a certidão de passageiros estrangeiros. Já o Museu da Imigração possui mais de 250 mil imagens em seu acervo digital com iconografias, registros de matrícula, cartas de chamadas, entre outros documentos que revelam a história da imigração do estado de São Paulo e no Brasil.

Abaixo os links para acesso aos acervos digitais dos sites:

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Extra: Base de Dados do Arquivo Nacional para pesquisa de Imigrantes

O Arquivo Nacional possui uma base de dados de Entradas de Estrangeiros no Brasil do Porto do Rio de Janeiro, possibilitando localizar informações sobre esses estrangeiros do período de 1875 a 1910 essa base de dados é alimentada pela BNDES, um sistema que viabiliza o acesso, a guarda e a preservação dos documentos. Nessa base de dados é possível fazer buscas pelo nome do imigrante, nome do navio, data de entrada, nacionalidade, nível de instrução, religião, profissão, estado civil, local de procedência e local de destino do imigrante no Brasil.



Clique aqui para acessar a plataforma de pesquisa e depois de abrir a página clique em Consultar.
Para mais informações acesse o site
Fiquem ligados para mais novidades.💬

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Extra!


Você sabia que o Arquivo Nacional possui milhares de documentos sobre estrangeiros no Brasil? E que se pode fazer varias coisas com essas informações.
Exemplo: Se você tiver algum antepassado estrangeiro e deseje solicitar dupla nacionalidade a um governo estrangeiro você pode obter um documento que comprove essa nacionalidade no Arquivo nacional.

Confira a matéria completa no link: http://www.arquivonacional.gov.br/acervos-mais-consultados-titulo/acervo-sobre-a-entrada-de-estrangeiros.html?showall=&limitstart=

sábado, 12 de agosto de 2017

Bem Vindos

Olá leitores!


Este é o blog do grupo ARQ IMIGRANTES!
Somos alunos do curso de Arquivologia da Universidade de Brasília, nosso blog foi criado de acordo com a disciplina de Diplomática e Tipologia Documental, e por aqui postaremos informações sobre a Imigração no Brasil, bem como as documentações necessárias para tal atividade, e outras tarefas requeridas pela disciplina.
Integrantes:
 Ana Luiza Azarias (Monitora)
Bruna Epitácio
Ítalo Talvani (Sub monitor)
Layane Evelin
Rafael Henrique
Ramon Viana
Rayana Lopes